fumaça tragada
que desce
que sobe
cinzeiro ao lado
fumaça no ar
garganta irritada
peito doído
fumaça
que avança
pelo meu interior
vai até o meu pulmão
sabor amargo
gosto de fel
apenas fumaça
vida mais curta
fumaça
que sai pela minha boca
espalha-se no espaço dos outros
levando meu segredo
meu vício
cinza no chão
não consigo parar
cigarro acesso
meu amigo
que aos poucos
vai me matando
intoxicando
meu pigarro
meu desespero
tenho medo
mas continuo
apegado a essa
droga de amizade
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
EU
frente a frente
dentro do meu reverso
o meu regresso
revertido em força
mental de valor
Manoel Ianzer
Do livro: galhos secos ou floridos?
domingo, 7 de outubro de 2007
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